sexta-feira, 4 de março de 2011

"O Conselheiro" Carnaval!

O
E O CARNAVAL CHEGOU !

  É época de Festejar ?

Nos próximos dias e em vários países do mundo, sendo sem dúvida o Brasil o mais famoso,
Não estou aqui para debater a razão pela qual esta festa onde se come, bebe e vive de forma irresponsável, em alegres celebrações e numa busca incessante de prazeres efémeros deve ficar de fora dos nossos planos;isto parece-me tão óbvio que o único motivo de espanto é que assim não seja também em outras ocasiões ao longo do ano; nem tampouco quero recordar as origens pagãs (onde é que já vimos isto?!) desta festa, rapidamente adaptada às diferentes culturas onde se instalou.

O que é mais uma vez evidente, é esta tendência humana de esquecer o mundo inteiro,ignorar propositadamente a realidade que existe à nossa volta, deixando-se embriagar por uma loucura por vezes fascinante que entope os sentidos, mas cujo conteúdo é leviano e profundamente hedonista.


Ainda há poucas semanas, lamentávamos e chorávamos por uma catástrofe natural que, de um momento para o outro, arrastou centenas de pessoas para a morte. Constatamos novamente que neste mundo nada é certo e tudo se desmorona rapidamente sem termos tempo de reagir minimamente. Percebemos como a própria sobrevivência é por vezes a única coisa pela qual podemos lutar. E como é que reagimos a tudo isso? Simplesmente,escolhemos esquecer a triste condição humana na qual nos encontramos e nos entregamos a uma onda de euforia que, embora saibamos que logo passará, aceitamos como que para nos fazer acreditar que o mundo é sempre belo, a vida é totalmente garantida e, lá no fundo, tudo estará bem...

Mas, não estará. E por isso, não adianta fantasiar a realidade com a excitação dos sentidos; não adianta fazer uma distribuição massiva de preservativos numa tentativa de diminuir as consequências, ao mesmo tempo que se justifica a imoralidade; não adianta cantar alegria, se logo de seguida voltamos a chorar sem esperança; não adianta dançar em júbilo, se logo de seguida ficamos estarrecidos e perplexos com a crueldade da vida real...

Mesmo que disso não se perceba ou não se queira perceber, para a sociedade os festejos de Carnaval são um disfarce, um logro consensualmente produzido e aceite. Em vez de enfrentar a realidade e colocar os pensamentos na Solução, mascara-se o problema com um inebriante aspecto de contentamento supremo, que de permanente nada produz. Não querer ver isso, é insistir num caminho de mentira, falsidade e imaginação.

Na semana seguinte às festas, tudo será como na anterior, e todos veremos que estas palavras são a descrição do que se passa na vida de cada um destes enganados. Exceto aqueles que têm um Amigo que não é deste mundo e Nele colocam as suas alegrias e festejos.

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